É a primeira vez que me relaciono
com um homem 10 anos mais velho. Tenho 31 e ele 41. É bonito e atraente e não
me incomoda em nada a diferença de idade. Mas sou muito espontânea e
bem-humorada. Foi justamente isso que o conquistou, mas agora começo a me
sentir infantil agindo assim. Não gostaria que ele me achasse imatura demais
para ele. Devo me tornar mais comedida?
Em
qualquer relação amorosa, o saudável e o promissor é as pessoas se aproximarem
pelo que são e não pelo que fingem ser. Uma das principais razões dos fracassos
em relacionamentos é o fato de que os apaixonados entendem que devem fazer um
tipo mais adequado ao que acham que o outro quer. Depois de um tempo, ninguém
aguenta ficar representando um personagem e é aí que a casa começa a cair. É
melhor ser rejeitada no início de uma relação, por você ter determinado traço
de personalidade, do que mais tarde, por ter fingido não o ter.
Se
seus pais querem de verdade o seu bem, aos poucos acabarão se acostumando e
aceitando a sua decisão. No entanto, para poder decidir melhor, tente descobrir
o que realmente a deixa insegura quanto a casar-se. Será a herança da
resistência de sua família a um homem que já viveu e traz a carga de outras
histórias? Ou é você própria que prefere vir a conhecer alguém que tenha uma
história diferente? Veja o que, em última análise, pesa mais para você, entre
as vantagens e as desvantagens de casar-se com alguém que vem marcado por
outras experiências – mais as responsabilidades que resultam dessas
experiências. Veja também se seu amor por ele é grande a ponto de aceitar as
dificuldades que poderão surgir na vida em comum com a convivência com os
filhos dele, para que sua relação com ele possa ser gratificante e
enriquecedora para ambos.
Meu namorado era um negro lindo, mas
engordou mais de 12 quilos e não consegue emagrecer. Não tem nenhum distúrbio,
apenas tendência a ganhar peso. Tem 31 anos e não se cuida. Seu único esporte é
jogar bola. Quando reclamo, sei que sou grossa e ele fica triste. Como ajudá-lo
sem causar mágoas?
Pode ter certeza de que ele quer
emagrecer, sim, e provavelmente se sente culpado por não conseguir – mesmo
porque é mesmo muito difícil superar a compulsão alimentar, se for o caso dele.
Pense nisso e coloque-se do lado dele, não contra. Se ser “grossa” significa
usar de ironia ou acusá-lo, por exemplo, de não ter força de vontade ou amor
próprio, você só causa mágoas, e não ajuda em nada. Quando falar com ele a
respeito, fale sobretudo dos seus sentimentos e das suas preocupações, e seja
absolutamente sincera, tanto em relação aos seus medos quanto no que se refere
a sua tristeza por ele estar perdendo a aparência anterior. Ofereça-se para
estudarem o assunto juntos e buscar ajuda profissional. Dentre os profissionais
de saúde, os mais indicados a ajudá-lo são os nutricionistas, que podem
propiciar uma reeducação alimentar gradativa e segura, sem pressões excessivas
nem críticas destrutivas, e também sugerir a ajuda de outros profissionais, se
necessário. Encontrar práticas e exercícios físicos regulares de que ele goste
também não é tarefa fácil, mas, depois de um tempo, o corpo “pede” a atividade
física, pelo prazer e o relaxamento que ela propicia.
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