sexta-feira, 21 de junho de 2013

PERGUNTAS E RESPOSTAS 1



Há dois anos e meio sou apaixonada por um rapaz que só lembra de mim para transar. Nesse tempo, ele já teve três namoradas fixas e continuou me encontrando, dizendo que sente saudade e adora fazer amor comigo, mas não me assume como namorada, talvez por preconceito por eu ser negra. O que faço, se o amo?

Seja por preconceito ou por que razão for, o fato é que ele não a quer como namorada. Com você ele só quer sexo. Isso não quer dizer que ele não possa mudar. Mas essa mudança não ocorrerá enquanto você não parar de se submeter a ele, sem dizer o que quer e quais são os limites que impõe à relação. Se você quer um namoro, e não apenas sexo, é a você que cabe dizer isso. Mas analise bem o que quer, para não ter de voltar atrás depois, pois não se trata de um jogo, e sim de por em xeque o relacionamento – seja para que se aprofunde, seja para acabar com ele e você possa cuidar melhor de si mesma. É preciso que você esteja convencida de que prefere ficar sem ele do que ser apenas sua companheira de cama. E saiba que será inevitável um período de dor, de sentimento de rejeição e abandono, pois não existe perda sem luto, sobretudo no amor. Mas será uma dor de crescimento, que a tornará mais forte e assertiva numa próxima relação amorosa.

  

Casei-me aos 20 anos e apesar de ter tudo para dar certo, me "dasapaixonei" e me divorciei assim que pude. Nunca desejei ter filhos. Sempre fui uma mulher bonita e desejada por muitos homens e talvez a vaidade não tenha deixado aflorar meu lado maternal. Hoje tenho 40 anos e aparento uns 35, mas os homens que encontro estão apenas interessados em aventuras sexuais. Fico pensando se tomei a decisão correta em não ter tido filhos nem ter investido em um relacionamento tradicional. Tenho medo de um futuro solitário, mergulhada na depressão.

Não há decisões corretas “padrão” quando se trata da nossa vida. E a vida é nossa. Podemos, em cada etapa, tomar decisões diferentes, se concluirmos que as velhas maneiras de ser não nos servem mais. Nada impede que mudemos de postura, de posições políticas, de religião e de estado civil. Muitos homens e mulheres se sentem muito bem vivendo sós e sem filhos, e isso é, para eles, o “correto”. Por outro lado, nos tempos que correm, com a rápida mudança de atitudes e comportamento das mulheres, já há muitos homens com mais de 40 se queixando por não encontrar mulheres que queiram se casar e ter filhos. Nada impede que você acabe encontrando um deles. Por último, não custa lembrar que hoje praticamente não há limite de idade para uma mulher ser mãe e são muitas as que estão, depois dos 40, casadas ou solteiras, amamentando bebês fortes e saudáveis.

 

Não adianta todos dizerem que ele não existe. Tenho 50 anos, sou separada, mãe de filhos já moços que vivem em outro país e continuo esperando pelo príncipe encantado. Minha mãe fica indignada, diz que estou velha demais para essas coisas. Em alguns momentos, acho que ser tão só faz parte do meu destino. Em outros, penso que muitos dos meus problemas e tristezas seriam resolvidos se eu encontrasse o homem da minha vida. Será que isso é infantilidade da minha parte? Eu me sinto dividida entre insistir ou desistir de vez dessas ideias românticas.

Exista ou não o príncipe encantado, é importante que você enriqueça sua vida com novas amizades e atividades – sempre em grupo - que lhe dêem prazer (e que, acredite, vão ajudar muito em seus problemas e tristezas). Segue uma sugestão de roteiro:

1) Saúde e corpo, desde exercícios físicos até estudos sobre alimentação.

2) Cursos, congressos e encontros profissionais que contribuam para o seu crescimento pessoal.

3) Puro deleite, ou seja, sair com amigos, ir ao teatro ou conhecer novas comidas e restaurantes, viajar etc.

4) Relacionamentos pessoais  -- reative velhas amizades, resolva pendências com pessoas de quem você gosta, vá a lugares onde possa fazer novos amigos, entre nos sites de bate-papo da internet.

Tudo isso, além de tornar sua vida mais agradável e interessante, dará algumas chances e condições concretas para o príncipe encantado surgir. E, se você acha que ele vem a cavalo, não será demais frequentar um clube de hipismo.

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