quinta-feira, 7 de abril de 2011

REALENGO E WASHINGTON

além da esquizofrenia e da vingança, talvez devamos também pesquisar que causas socioculturais pode haver para que atentados como o do Realengo possam estar surgindo no Brasil. Quando foi assassinado um dos Kennedy, não me lembro agora se John ou Bob, Claudio Abramo, que chefiava a redação da folha de s paulo, me pediu para ouvir o sociólogo Otavio Ianni, na Sociologia/USP, então na rua maria antonia. Resumo do que ele me disse: a sociedade norte-americana crê que pode resolver as coisas pelas armas, pela violência. é o que faz em todo o mundo, invadindo países, tomando regiões de assalto, como fizeram na coréia e no vietnã - sem citar as desnecessárias bombas atômicas em hiroshima e nagasaki.´é um valor da cultura norte-americana, atingir o que quer pelas armas, pela guerra. assim, não é de espantar que grupos ou individuos, naquele país, resolvam matar alguém para resolver um problema pessoal. se o governo, o estaqdo americano acham lógico usar as armas para atingir uma meta qualquer, por que não o indivíduo? minha pergunta é se não estamos, também aqui, banalizando as soluções violentas, e essa não seria uma variável a ser pensada quando um ex-aluno brasileiro de uma escola busca, em sua vingança contra o que ali sofreu, uma solução à la columbine. e não esqueçamos que isso ocorreu no rio, e no realengo. a bala perdida de fuzil que permanece alojada na minha coxa direita, e que por pouco não me tirou a vida, é também produto dessa banalização da violência.vale a pena pensar nisso.

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