quarta-feira, 14 de março de 2012

COSTA E SILVA, BETINHO, PONTE RIO NITEROI E PROIBIÇÃO DE NOMES DE GENTE

ivan valente quer trocar o nome da ponte rio niteroi para herbert josé de souza, meu saudoso amigo betinho, velho companheiro (desde 1961) da ação popular, que cheguei a abrigar no seu tempo de clandestinidade e com quem eu falava horas por telefone sempre que viajava para o exterior, ele exilado no canadá; irmão do henriquinho, henfil, outro amigo querido.
nada que é público, porém, deveria ter nome de pessoa. nem deveria haver estátuas ou bustos de seres humanos em locais publicos.a maioria dos heróis é anônima. entre famosos, só há qualidade nas exceções. nem em santo eu confio. os nomes deveriam ser de bichos, flores, árvores, plantas, sentimentos, coisas que amemos e que falem do local ou da história. nunca gente. veja a beleza de nomes de pontes como dos suspiros, pontevecchio, ponte da amizade, e até cemitérios - dos araçás, da consolação, do caju, da saudade. Pra essa aí, Rio-Niteroi é um belo nome. Fui amigo e fã do betinho, que merece ficar na história, como nome do Ibase, por exemplo. mas acho que ele não quereria ser nome de ponte, muito menos ficar no lugar desse marechal aí, assim como jobim odiaria saber que é nome de passagem subterrânea em sampa.
eu tinha chegado a pensar que seria uma idéia interessante nomear as porcarias com os nomes deles - "Mictório e Cagadouro Público Emilio Garrastazu Médici", por exemplo, nos bannheiros químicos do carnaval, ou ainda "Aterro Sanitário Antonio Carlos Magalhães" nos lixões. Mas creio que qualquer exceção à regra de não utilizar nomes humanos é perigosa, pois nossos partidos são imundos sacos de gatos, e ia ser um tal de botar nome de desafeto em merda que a merda não ia dar pra todos....

DIPLOMA PARA JORNALISMO E ASSESSORIAS DE IMPRENSA

Campanha eleitoral no Sindicato. Recebo a mensagem da chapa 2. Simpatizei com o curriculum da Bia Barbosa, assessora do Ivan Valente. Belo sobrenome, dos dois! Pelo jeito, vai ser PSOL contra PT. Briga de centrais sindicais de partidos. Nada contra, é claro. Mas acho que os assessores de imprensa deveriam ter outro sindicato. Trabalhei e montei assessorias de comunicação, mas quem é da área sabe que não é jornalismo. Está mais na área da propaganda e das relações públicas. Embora professor da Cásper Libero e professor titular da UEL, cujo curso de comunicação planejei e implantei, discordo também da campanha e da exigência de diploma para o exercício do jornalismo. A exigência do diploma multiplicou e enriqueceu péssimas fabriquetas universitárias de jornalistas, inflacionou o mercado de gente diplomada e sem qualificação, piorou a qualidade média dos jornalistas, com isso aviltando os salários, e impediu mentes brilhantes de contribuir para o progresso do jornalismo. Se fizerem o mesmo com a profissão de pescador, vamos comer muito peixe estragado, enquanto bons pescadores potenciais irão trabalhar na industria da cachaça...